A dor é um fenómeno fisiológico de importância fundamental para a
integridade física, psicológica e social da pessoa.
A dor aguda é um sinal de alerta, fisiológico, de proteção sendo um motivo
para a procura de cuidados de saúde. A perpetuação de estímulos dolorosos pode
conduzir a processos fisiopatológicos de cronicidade sintomática. A dor crónica
persistente leva a um sofrimento e à redução da qualidade de vida. Assim, a dor
pode ir para além de um sintoma e tornar-se num problema crónico por si só, uma
vez que pode estar presente na ausência de uma lesão objectivável, ou persistir
para além da cura dessa mesma lesão que lhe deu origem.
A prevenção
e o controlo da dor devem ser encarados como uma prioridade no âmbito da
prestação de cuidados de saúde, sendo, igualmente, um factor indispensável para
a humanização dos cuidados de saúde.
Os
enfermeiros têm um papel fundamental na gestão da dor, uma vez que têm um
contacto regular e de proximidade com as pessoas nos seus variados contextos
clínicos (hospitais, centros de saúde, lares e contextos comunitários).
Enquanto profissionais privilegiados pela proximidade e tempo de contacto, os
enfermeiros encontram-se numa posição relevante para promover e intervir no
controlo da dor. Os enfermeiros são obrigados a intervir e trabalhar no sentido
de uma adequada gestão da dor, pelo que devem ter as competências elementares e
básicas no que concerne à avaliação e abordagem à pessoa com dor.